Os esforços para a prevenção e o combate ao novo coronavírus têm sido imensos. Em Minas Gerais, desde o dia 22 de março, várias atividades econômicas estão paralisadas em virtude da quarentena decretada pelo Estado. As restrições ao funcionamento, sobretudo do setor de comércio de bens, serviços e turismo, variam de acordo com a cidade. Nesses locais, os sindicatos empresariais vêm exercendo um papel essencial para a garantia da manutenção das empresas, dos empregos e da renda, sem negligenciar a saúde de toda a população.
Em âmbito local, são essas entidades sindicais a voz dos empresários do setor terciário. Junto à Fecomércio MG, elas têm estreitado o diálogo com o governo do Estado na busca pela retomada do funcionamento das atividades empresariais. “A base sindical ligada à Federação vem atuando dia após dia, junto às autoridades locais e empresários, para a reabertura cooperada e gradual das atividades, em consonância com as orientações das autoridades de saúde”, defende a presidente interina da Fecomércio MG, Maria Luiza Maia Oliveira.
O governo de Minas conta a Fecomércio MG e seus sindicatos empresariais para a implementação do Programa Minas Consciente, a partir de 28 de abril. A iniciativa visa assegurar a retomada gradual das atividades econômicas no Estado, indo dos grupos de menor risco até aqueles de maior potencial. Os protocolos do governo serão publicados em um site próprio, que reunirá instruções para empreendedores, prefeitos e população. As entidades participam da ação desde a elaboração do plano até divulgação da proposta junto às prefeituras que queiram aderi-la.
O plano será primordial para reverter uma situação preocupante. Segundo dados da Fecomércio MG, 54,7% dos empresários mineiros defendem a retomada das atividades produtivas com escala mínima de funcionamento no Estado. A postura se justifica: para 40%, a queda no faturamento na empresa já atinge de 80% e 100% da receita. Esse cenário atinge, sobretudo, as micros e pequenas empresas, que representam 99,1% dos estabelecimentos do setor terciário em Minas e pouco mais de 59% dos empregos com carteira assinada.
Em todo o Estado, os sindicatos empresariais têm se mobilizado para apoiar o setor do comércio, serviços e turismo neste período de Covid-19.